Antes da longa paragem de Verão, o MotoGP está de regresso a Assen para mais uma vez acolher no seu paddock as três categorias de uma competição que esteve ausente em 2020 por força da pandemia. De acordo com os parâmetros da Brembo, Assen é um circuito pouco exigente para os travões.
Numa escala de 1 a 5, Assen recebe uma avaliação de 1 em termos de dificuldade e exigência para os travões. É a avaliação mais baixa no campeonato 2021, menos que os dois pontos de Phillip Island e Portimão. Assen tem uma velocidade máxima de 310km/h, mas o número de curvas rápidas significa que os sistemas de travagem podem arrefecer com facilidade. E são precisamente todas essas curvas que o tornam como um grande ‘centro de testes’ também para a as rodas da Marchesini, marca que faz parte da Brembo desde o ano 2000.
MotoGP vs Superbike
Apesar de contar com 18 curvas, o circuito de Assen é muito ‘conduzível’ fruto das suas curvas rápidas e apenas uma verdadeira curva fechada, onde a velocidade desce abaixo dos 180km/h. Com excepção a Le Mans, as pistas onde já se realizaram corridas este ano tiveram sempre todas pelo menos um ponto de travagem com uma desaceleração superior a 200km/h, com picos de aproximadamente 250km/h.
As dez zonas de travagem de cada volta envolvem a utilização global da travagem durante 29 segundos por volta, equivalendo no final a 31% da corrida. As motos do mundial Superbike, que estarão em Assen dentro de um mês, têm também dez pontos de travagem. No entanto, a utilização do travão é de 26 segundos por volta, mas a força exercida sobre a manete nas motos, derivadas da produção, é de quase 38 quilos por volta, comparando com os 36,6 quilos em MotoGP.
Poucos mais de 4 segundos com 1.5G
Da dezena de pontos de travagem no Circuito de Assen, apenas um é considerado como exigente para os travões, oito são de dificuldade média e os restantes são pontos de travagem leve.
A travagem para Haarbocht, a primeira curva, feita a descer, e onde os pilotos mais exigem do sistema de travagem, pois as motos chegam ao local a 285 km/h e os pilotos travam durante 4.3 segundos, durante os quais percorrem 221 metros. Para chegarem aos 111km/h e desenhar a curva, os pilotos têm que aplicar uma ‘carga’ de 5.3 quilos sobre a manete de travão e suportar uma desaceleração de 1.5G.
