Acompanhar ao vivo um GP do campeonato do mundo não tem que ser apenas uma viagem com o objectivo exclusivo de estar durante três dias num circuito. Muitos GP’s podem servir igualmente como ‘âncora’ para uns dias de lazer e descoberta, sejam eles dedicados em exclusivo às duas rodas ou não.
As corridas realizadas no Misano World Circuit by Marco Simoncelli – dentro de duas semanas – podem ser o motivo mais que justificado para visitar uma região onde a cultura das motos é imensa e onde o apelo surge quase a cada esquina. Além das praias que são imagem de uma das mais populares regiões de veraneio italianas, podem ainda aqueles que se deslocam a este GP aproveitar para visitar locais com importância maior na história do MotoGP e naturalmente do motociclismo mundial.
A cerca de vinte quilómetros do Misano World Circuit by Marco Simoncelli – que assim se passou a denominar desde 2012 – está a pequena localidade de Coriano. Foi aí que viveu -nasceu em Cattolica junto ao mar Adriático – Marco Simoncelli e é bem no seu centro que está localizado o museu que ajuda a ‘percorrer’ a sua história desde tenra idade. Nesse mesmo espaço, podemos encontrar motos, karts, equipamento e recordações daquele que foi campeão do mundo 250cc em 2008 com a Gilera. Um espaço que merece bem ser o ponto de arranque para uma tarde de história, sendo naturalmente de visita obrigatória o monumento que honra a memória do piloto, vizinho ao museu, o famoso escape que todos os Domingos ao final do dia lança uma chama durante 58 segundos. Mesmo em frente ao museu está o memorial Marco Simoncelli.
Mas, além destes locais carregados de sentimento e recordação para todos os fãs de MotoGP, a pitoresca localidade de Coriano é um pequenino mundo a descobrir para qualquer turista, o mesmo se passando com Tavullia, igualmente a uma distância de sensivelmente duas dezenas de quilómetros do circuito de Misano e que, naturalmente, merece uma visita por toda a carga simbólica que tem a ‘terra natal’ de Valentino Rossi. Na sua zona mais central e na estrada de acesso ao centro da vila, encontrarão registos que muitos conhecem apenas de fotografias, desde a placa de localidade carregada de autocolantes ou a igualmente muito fotografada placa de velocidade máxima de 46km/h, na entrada do castelo, ou a também tradicional refeição na pizzeria, quase que obrigatória para todos os visitantes. Por perto está igualmente o campo de treinos da academia, o conhecido rancho, mas de acesso muito restrito – o melhor é mesmo verem ao longe.
Para chegar a Misano, a melhor opção poderá mesmo ser o avião, com várias ligações a Bolonha, seguindo depois de comboio, autocarro, automóvel ou mesmo moto – estes dois últimos alugados e a opção auto sairá sempre mais em conta – rumo ao circuito que dista cerca de 130 quilómetros do aeroporto. O alojamento poderá ser encontrado nos arredores do traçado, sendo várias as opções para distintos preços, que, no entanto, podem estar esgotadas ou com preços mais elevados nas datas do eventos. A gastronomia…bem…todos conhecem a gastronomia italiana, dispensa apresentações.
Muitos outros GP’s podem servir de arranque para uns dias de turismo, mas este é daqueles bem especiais e onde toda a envolvência ‘motor’ da região pode ser aproveitada ao máximo, porque um GP não tem que ser apenas corridas e tempo nas bancadas.
