O campeonato do mundo de MotoGP está de regresso a Itália para realizar o GP de San Marino e Riviera de Rimini. De acordo com os técnicos da Brembo, que trabalham de perto com os pilotos de MotoGP, o traçado da pista italiana é considerado como moderadamente exigente para os travões.
Numa escala de 1 a 5 está classificado como sendo de nível 3 devido á falta de secções em recta com mais de 530 metros que tornam muito complicado atingir altas velocidades. O facto de existirem apenas três locais de travagem com uma desaceleração superior a 100km/h e apenas um exceder os 160km/h demonstra esta classificação.
Mais 2.5 segundos que nas Superbike
Em todas as voltas ao Misano World Circuito Marco Simoncelli os pilotos utilizam os travões das suas motos em 12 ocasiões, totalizando 31 segundos em cada volta, ou seja, 34% de todo o GP. Comparando com as motos do mundial Superbike estas apenas necessitam de travões em nove momentos de cada volta num total de 28.5 segundos em cada passagem. Tudo porque várias mudanças de direcção são feitas em baixa velocidade e os travões não são necessários.
Os 12 episódios de travagem para as MotoGP variam de forma substancial no que a distância e tempo de accionamento da manete diz respeito. Na segunda metade da pista não existe qualquer episódio de travagem com uma desaceleração superior a 1.1G e períodos de travagem superiores a 2.7 segundos.
Cuidado com a segunda metade da pista
Das 12 zonas de travagem no Misano World Circuit Marco Simoncelli três são consideradas como zonas de travagem severa, outras três de dificuldade média e as restantes seis não são muito exigentes.
O ponto de travagem mais exigente é a Curva 8: as motos desaceleram dos 268km/h para 79km/h com uma descida de 189km/h em termos de velocidade obtida por força de uma acção sobre a manete de travão durante 4.7 segundos. Os pilotos exercem uma força de 5.9 quilos sobre a referida manete e suportam uma desaceleração de 1.5G ao mesmo tempo que percorrem uma distância de 209 metros.