Fruto das mais recentes inovações e desenvolvimentos tecnológicos, os sistemas de travagem das motos de MotoGP revelam-se cada vez mais adaptados a todas as situações em pista. Até o carbono já pode ser utilizado em piso molhado.
Após um ano de ausência, o mundial MotoGP está de regresso a Silverstone, na Grã-Bretanha, sendo que desta feita mesmo que chova os pilotos podem utilizar os conhecidos discos em carbono. De acordo com os técnicos da casa transalpina, o circuito de Silverstone é um Grau 3 em termos de dificuldade, igualando Misano e Valência.
Braços relaxados
Apesar de excederem os 300km/h em apenas um local do circuito de Silverstone, os pilotos utilizam os travões dez vezes por volta, sendo que em três destas ocasiões a desaceleração é inferior a 50km/h. Seis dos procedimentos de travagem demoram mais que três segundos, significando um total de 33 segundos de utilização do sistema por volta, ou seja, 28 por cento da duração da corrida.
Calculando toda a força que os pilotos aplicam sobre a manete de travão, desde o arranque até ao momento em que cruzam a linha de meta, o resultado ultrapassa as sete toneladas, o valor mais baixo da temporada. A razão para tal, é que não existe nenhum ponto de travagens com um registo superior a 4.7kg; uma marca registada em todas as restantes pistas do calendário, pelo menos por uma vez a cada volta, algumas vezes duas e no caso de Spielberg são três.
200km/h em 4.5 segundos
Das dez zonas de travagem em Silverstone, três são classificadas como muito exigentes para os travões, quatro são de média dificuldade e as restantes três são suaves. Devido à maior velocidade atingida, Stowe (Curva 7) é a mais desafiante, pois leva as motos a desacelerar desde os 318km/h para 118km/h, em apenas 4.5 segundos. Uma travagem onde são percorridos 253 metros, graças a uma pressão de 4.5 quilos na manete e uma desaceleração de 1.5G. O fluido de travões atinge uma pressão de 9.6bar.